12/06/2020 18:10

Campanha mobiliza sociedade contra privatização de empresas públicas

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A Fenae, Apcefs e entidades representativas dos empregados da Caixa estão apoiando a campanha “Parem de vender o Brasil”. A ação alerta a sociedade sobre os prejuízos ao Brasil se as empresas públicas forem privatizadas.

Com os recorrentes ataques às estatais, sobretudo, aos bancos públicos, tal mobilização em defesa do patrimônio nacional é, cada vez mais, urgente.

Uma das iniciativas da campanha é apoiar o Projeto de Lei 2715, cuja proposta suspende as privatizações por até um ano após a declaração do fim do estado de calamidade pública. Para pressionar os deputados a votarem a favor do PL, é preciso responder a enquete da Câmara dos Deputados.  

 Para o presidente da Fenae, Sergio Takemoto, a aprovação do projeto é importante a toda a população. “O que teria sido do país se não fosse o SUS na pandemia e a Caixa para pagar o auxílio emergencial? Nesta crise, as empresas públicas se evidenciaram imprescindíveis”.

Fatiamento da Caixa - O ministro Paulo Guedes sinaliza a todo o tempo sua intenção de acelerar as privatizações durante a pandemia. Prova disso, foi sua declaração polêmica sobre a necessidade de adiantar a venda do Banco do Brasil, na reunião ministerial de 22 de abril.

O presidente do Caixa, Pedro Guimarães, também tem defendido à imprensa a venda de ativos da empresa como seguridade e cartões, além da intenção de retomar o projeto de fatiamento após o fim da pandemia.

Além dos prejuízos da venda das estatais à economia e à população, os autores do PL 2715 alertam para a desvalorização das empresas diante da pandemia. “Após uma crise desta dimensão, os preços dos ativos caem e criam um ambiente de ofertas hostis”, diz o texto. “Todo governo deve ter responsabilidade, idoneidade, moralidade e o mínimo senso de oportunidade com o patrimônio público. Se estes princípios constitucionais e republicanos não serem resguardados, cabe ao parlamento ou à justiça fazê-lo”.

 

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